Mitos e verdades da gravidez e da maternidade – eita, quanto palpite!

E no meio disso tudo, surgem os mitos — uns engraçados, outros perigosos.

Essa matéria é pra te ajudar a diferenciar o que é sabedoria popular do que é evidência científica. Porque informação liberta — e ajuda a não pirar com tanto "diz que".

“Barriga pontuda é menino, redonda é menina.”

MITO.
O formato da barriga depende da posição do bebê, da musculatura abdominal da mulher, da quantidade de líquido amniótico... e não do sexo da criança. Ou seja: pode parar de tentar adivinhar olhando a barriga, rs.

“Grávida não pode pintar o cabelo.”

DEPENDE.
Tinturas com amônia devem ser evitadas, especialmente no 1º trimestre. Mas existem produtos liberados. O ideal é conversar com seu obstetra e optar por tonalizantes sem metais pesados ou coloração vegetal.

“Comer por dois.”

MITO.
Segundo o Ministério da Saúde, a gestante precisa de um acréscimo de apenas 300 calorias por dia a partir do segundo trimestre. Ou seja: qualidade importa mais do que quantidade. Comer por dois não é dobrar a porção, mas sim pensar no que está sendo consumido.

“Sexo na gravidez faz mal.”

MITO.
Se a gravidez estiver saudável e sem contraindicações, sexo é permitido e pode até ajudar no bem-estar físico e emocional da mãe. O que muda é o conforto em cada fase. E tá tudo bem adaptar.

“Gravidez não é doença.”

VERDADE.
Mas isso não significa que não mereça cuidado. Gravidez é uma condição fisiológica especial que exige mais atenção, pausas, exames e, sim, compreensão. Respeitar o tempo e o corpo da gestante não é “mimo” — é saúde.

“Quem ama a maternidade não reclama.”

MITO. E dos perigosos.
Você pode amar seu filho e, ao mesmo tempo, se sentir exausta, confusa, sobrecarregada. Maternidade é ambivalente. Amor e cansaço podem (e geralmente vão) andar juntos. Falar sobre isso é autocuidado — e ato de coragem.

“Tomar café faz mal na gestação.”

DEPENDE.
O café está liberado com moderação. A recomendação da OMS é de até 200mg de cafeína por dia — o que equivale a 2 xícaras pequenas. Excesso pode aumentar o risco de insônia, azia e até afetar o crescimento fetal.

“Você vai esquecer de tudo que sabia.”

MITO.
É verdade que o “cérebro de grávida” existe — e tem explicação hormonal. Mas esquecer sua identidade profissional, seus conhecimentos e habilidades? Nem pensar! Seu cérebro está focado em outras demandas, mas você continua sendo quem sempre foi (e ainda mais forte agora!).

Resumo da ópera: ouça o corpo, não a pressão.

A gravidez e a maternidade vêm com muitas opiniões. Mas o que vale mesmo é informação confiável, apoio de profissionais e o seu instinto.
Se sentir perdida entre tantos conselhos, respira. Filtra. E lembra: você não precisa agradar a todos — só cuidar de você e do seu bebê.