Mãe x filha – a maternidade que transforma relações
Quando nasce um bebê, nasce também uma mãe. Mas com ela, renasce uma filha. E nesse renascimento, as relações com as mulheres que vieram antes — nossa mãe, nossa sogra — ganham novas camadas, novos ruídos, novos significados. A maternidade nos embaralha. E nos faz olhar pra elas com outros olhos.
PAPO RETO - DE MAMI PRA MAMI
5/21/20252 min read


A mãe da mãe: colo, espelho e reconstrução
Tem um texto que circula em rodas de conversa e redes sociais, e que resume com uma beleza imensa esse papel:
“Mãe da mãe ajuda a filha a voar.
Cuida de tudo o que está às mãos para que ela se reconstrua, descubra sua nova identidade.”
Essa frase ecoa pra tantas de nós. Porque a presença da nossa mãe no puerpério pode ser uma ponte pra reencontro.
Tem mãe que vira suporte, cozinha, segura o bebê pra gente tomar banho.
Tem mãe que cuida da casa, que silencia as críticas e oferece colo.
Mas também tem mãe que nos faz reviver feridas antigas — e tudo isso vem à tona quando viramos mães também.
É intenso. Nem sempre fácil. Mas quase sempre, inevitável. Porque a maternidade nos coloca de frente com o que nos formou.
E a mãe do pai? A sogra que agora também é avó.
No livro “60 Dias de Neblina”, a autora Rafaela Carvalho escreve um trecho que toca fundo na relação com a sogra — essa figura tão simbólica, tão presente, tão complexa:
“A mãe do pai é uma figura que transita entre dois mundos.
Ela é avó do filho e mãe do companheiro.
[...] É por isso que, para ela, nada é leve. Ela olha para o neto e vê o filho.
Olha para o pai e vê o menino que criou.
E olha para a mãe do bebê e vê alguém que carrega, agora, os dois amores da vida dela.”
Essa mistura de sentimentos muitas vezes gera conflito.
Tem sogra que se aproxima, se oferece, acolhe.
Tem sogra que ultrapassa limites, impõe rotinas, ignora vontades.
E entre o amor e a tensão, a gente vai tentando encontrar o meio-termo.
O que fazer quando a convivência pesa?
Estabeleça limites claros, com carinho, mas firmeza.
Converse com seu parceiro. Ele é o elo — e precisa estar ao seu lado nessa construção.
Lembre-se: você não é obrigada a aceitar tudo em nome da paz.
Cuide da sua saúde mental. Relações que sufocam também adoecem.
E se for leve, que bom. Se for difícil, você não está sozinha.
Toda mulher vive a relação com mãe e sogra à sua maneira.
Mas o que é comum a quase todas é o impacto que a maternidade traz pra essas relações. E isso não é fraqueza, nem confusão: é transição. É vida acontecendo em camadas.
Seja como for, o seu espaço, seu instinto e seu bem-estar importam. Você também está nascendo — e merece respeito pra florescer.
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