Hormônios - quando a gente não sabe se tá surtando ou só gestando mesmo
Uma hora você tá plena, emocionada com a musiquinha do comercial de margarina. Na outra, chorando porque o pão caiu com a manteiga virada pra baixo. No mesmo dia, tem raiva, riso, medo, amor, euforia e vontade de dormir por uma semana. Se isso te soa familiar: bem-vinda à montanha-russa hormonal da gravidez (e do pós-parto).
MONTANHA RUSSA
5/20/20252 min read
Hormônio é coisa séria. E bagunça tudo.
Durante a gestação, o corpo é inundado por uma avalanche de hormônios. Não é drama, não é exagero, não é frescura. É química pura, agindo no seu corpo e nas suas emoções.
Veja só alguns dos protagonistas dessa fase:
HCG (gonadotrofina coriônica humana): o “hormônio da gravidez”. É ele que confirma o teste e causa os primeiros enjoos.
Progesterona: relaxa os músculos do útero (ótimo!), mas também causa prisão de ventre e sonolência (menos legal...).
Estrogênio: ajuda o útero a crescer, melhora a circulação, mas também mexe com o humor e a sensibilidade.
Prolactina: prepara os seios para a amamentação.
Ocitocina: o hormônio do amor — e das contrações também!
No pós-parto, a queda brusca desses hormônios pode provocar o famoso “baby blues” — aquela tristeza inesperada que atinge cerca de 80% das mulheres nas primeiras semanas, segundo a Organização Mundial da Saúde.
“Mas será que sou só eu que tô assim?”
Não, mami. Você não tá sozinha.
E não, não é loucura. É parte do processo.
Você pode se sentir:
Exausta, mesmo sem ter feito “nada”.
Irritadiça, mesmo sem motivo.
Culpada por não estar radiante o tempo todo.
Ansiosa por tudo: o parto, o bebê, o futuro.
Tudo isso é comum. Mas comum não significa fácil.
Quando os hormônios viram alerta:
Apesar de tudo isso ser natural, existem sinais que merecem atenção profissional:
Tristeza profunda que não passa após 15 dias do parto
Ansiedade intensa e persistente
Falta de interesse em si mesma ou no bebê
Pensamentos negativos recorrentes
Nesses casos, procure ajuda psicológica e/ou psiquiátrica. A depressão pós-parto afeta cerca de 1 em cada 4 mulheres brasileiras, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
E tem tratamento, tem acolhimento, tem saída.
Dicas pra lidar com o turbilhão hormonal:
Durma o quanto puder (sabemos que é difícil, mas vale cada cochilo).
Mantenha uma alimentação equilibrada.
Se mexa: exercícios leves ajudam a liberar endorfinas (e aliviam a tensão).
Converse com alguém: uma amiga, um parceiro, um terapeuta.
Permita-se sentir. Sentir tudo. E não se cobrar por isso.
Você está se transformando. Isso exige força — e acolhimento.
A maternidade começa antes do bebê nascer.
E nessa fase de transição, os hormônios são parte do pacote. Eles bagunçam, sim. Mas também constroem.
E você não precisa lidar com tudo sozinha. O que você sente é legítimo. E merece cuidado.
E aí, mami
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