Eu não queria ser mãe solo

O início foi confuso. As reações das pessoas variavam entre “vai dar tudo certo” e “você vai precisar de muito apoio”. E ela não sabia mais o que pensar. Seu coração estava partido de medo e, ao mesmo tempo, transbordando de amor pela vida que estava crescendo dentro de si.

Ela se perguntava como poderia dar conta de tudo. Como criar um ser humano, cuidar de suas necessidades e ao mesmo tempo cuidar de si mesma? Como dividir o tempo entre trabalho, cuidados e descanso? Como suportar as noites em claro, os momentos de solidão e as decisões difíceis, sem um parceiro pra dividir a carga?

Mas aos poucos, ela foi aprendendo que ser mãe solo não significava ser uma supermulher. Significava ser uma mulher verdadeira, que se permitia ser imperfeita.

Ela aprendeu a pedir ajuda quando precisava. A confiar nos amigos, a se apoiar nas mulheres da sua vida. Aprendeu que, sim, ela poderia ser forte, mas que também precisava ser vulnerável de vez em quando. E que não há vergonha em pedir um abraço ou um apoio emocional.

Ser mãe solo não é fácil.

Há momentos de solidão profunda, especialmente nas madrugadas em que o bebê não quer dormir e ela sente falta de uma segunda opinião, de uma parceria. Mas também há momentos de pura alegria, quando o sorriso do filho ilumina o dia e ela percebe que fez tudo aquilo sozinha — e conseguiu.

Hoje, ela olha pra sua criança e, ao invés de sentir tristeza ou arrependimento por não ter vivido a maternidade da maneira tradicional, sente um amor incondicional. Ela é mãe, sim, mas também é mulher, e aprendeu a se reinventar e se fortalecer a cada dia.

E, apesar de tudo, ela sabe que ser mãe solo a fez descobrir uma força que nem sabia que tinha.

Esse relato é baseado em histórias de mulheres que, por circunstâncias da vida, tiveram que seguir sozinhas. Se você se encontra nesse lugar, saiba que você é incrível. Não é fácil, mas você é mais forte do que imagina.

Lembrete:

Esse texto é de uma mãe, não de uma médica. A maternidade não tem um único jeito de ser vivida, e todas as histórias merecem ser contadas e respeitadas.