Conversas difíceis – como falar sobre o que ninguém quer falar na gravidez e no pós-parto

Nem tudo na maternidade é fofo. Nem tudo dá pra postar com filtro ou resolver com palpite.
Tem coisas que doem, que pesam, que assustam.
E muitas vezes, ninguém quer falar sobre isso. Ou melhor: ninguém quer ouvir. Mas a verdade é que essas conversas difíceis também precisam existir.

PAPO RETO - DE MAMI PRA MAMI

5/20/20251 min read

woman wearing gray jacket
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Temas que a gente evita, mas sente na pele:

  • Medo do parto

  • Ansiedade sobre o puerpério

  • Tristeza durante a gravidez

  • Desconexão com o bebê nos primeiros dias

  • Culpa por não estar “feliz o tempo todo”

  • Raiva, frustração, solidão

  • Relações familiares que pioram em vez de melhorar

  • Medo de não dar conta — ou de se perder de si mesma

Por que é tão difícil falar sobre isso?

Porque a sociedade romantiza a maternidade.
Porque esperam que você esteja sempre sorrindo.
Porque o “instinto materno” foi idealizado a ponto de sufocar qualquer ambivalência.

Mas a verdade é: é possível amar muito o seu filho e, ao mesmo tempo, estar em pedaços.
E você não é menos mãe por sentir isso.

Como abrir espaço pra essas conversas?

1. Comece por você.
Reconheça o que está sentindo. Dê nome. Diga em voz alta, nem que seja só no espelho. Isso já é libertador.

2. Escolha a pessoa certa.
Nem todo mundo vai entender — e tudo bem. Mas existe alguém que vai. Pode ser uma amiga, uma profissional, uma mãe que viveu algo parecido.

3. Use grupos de apoio.
Existem comunidades online e presenciais que acolhem mães reais, sem romantização.

4. Procure ajuda especializada.
Psicólogos, doulas, terapeutas perinatais... Tem gente preparada pra te escutar de verdade, sem julgamento.

5. Fale com o seu companheiro ou companheira.
Dividir as angústias também fortalece a parceria

Algumas conversas difíceis que valem a pena ter:

  • Com a mãe ou sogra, sobre limites e formas de ajudar

  • Com o médico, sobre medos em relação ao parto

  • Com o pediatra, sobre sua insegurança com a amamentação

  • Com você mesma, sobre como está se sentindo de verdade

Você não precisa dar conta de tudo sozinha. Nem fingir que está tudo bem.

Falar sobre o que ninguém fala é um ato de coragem.
E também um ato de amor. Porque quando você se escuta, você se cuida.
E quando você se cuida, cuida ainda melhor de quem precisa de você.