Cinta no pós-parto – usar ou não usar?
A cinta pós-parto é praticamente um mito moderno. Algumas mulheres juram que salvou a recuperação, outras dizem que nunca usariam. Entre opiniões, palpites e propagandas, fica a dúvida: afinal, usar cinta faz bem ou não?
PARTO E PÓS PARTO
5/9/20252 min read


Vamos conversar sobre isso com carinho e, claro, informação confiável. Spoiler: não existe uma resposta única.
Pra que serve a cinta pós-parto, afinal?
A ideia da cinta é oferecer sustentação ao abdômen, que passou por uma grande distensão, e ajudar no conforto da mulher nos primeiros dias após o parto — especialmente se for cesárea.
Ela pode:
Dar mais firmeza para andar e se movimentar no pós-operatório;
Aliviar a sensação de “vazio” na barriga;
Ajudar na postura, que muitas vezes fica comprometida com a amamentação e o cansaço.
Mas atenção: a cinta não emagrece, não “fecha barriga” e nem substitui atividade física.
Ela é um apoio — não um milagre.
O que dizem os especialistas?
De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), não há contraindicação geral ao uso da cinta, mas ela deve ser usada com orientação médica, por períodos limitados e com cuidado para não atrapalhar a respiração ou a circulação.
Fisioterapeutas pélvicas e obstétricas recomendam o uso com parcimônia e alertam: em casos de diástase (afastamento dos músculos abdominais), a cinta não trata o problema — e, usada de forma incorreta, pode até piorar.
E se eu não quiser usar?
Tá tudo bem. Nenhuma mulher é menos dedicada à sua recuperação por não usar cinta. O que ajuda de verdade no processo de voltar a se sentir bem com o próprio corpo é:
Alimentação equilibrada;
Hidratação;
Movimento (quando liberado pelo médico);
Tempo e paciência.
Dicas práticas pra quem decidir usar:
Prefira modelos confortáveis, sem apertar demais.
Evite usar por períodos longos — o ideal são algumas horas por dia.
Respeite o tempo do seu corpo. Nos primeiros dias, pode ser um alívio; depois, pode ser dispensável.
Converse com sua obstetra ou fisioterapeuta antes de usar, especialmente se tiver dores ou diástase.
E a fita de kinesio? Vale muito falar sobre ela!
Pouco falada, mas muito eficaz para muitas mães, a fita de kinesio (ou kinesiotape) é uma técnica utilizada por fisioterapeutas que pode trazer alívio real no pós-parto — e até durante a gestação.
Ela ajuda a:
Reduzir o desconforto lombar e abdominal;
Melhorar a circulação e diminuir inchaços;
Apoiar a musculatura sem comprimir como a cinta tradicional.
O mais bacana? É discreta, leve e se adapta ao corpo.
Mas o uso precisa ser feito com orientação de um(a) fisioterapeuta especializado em saúde da mulher, ok?
E o emocional nessa história?
Muitas mulheres usam cinta por pressão estética. Porque querem “voltar ao corpo de antes”, porque ouviram que “tem que fechar a barriga”, ou porque sentem vergonha do que ficou.
A real? Seu corpo não precisa se esconder. Ele precisa de carinho. Se a cinta ajuda no seu conforto físico, ótimo. Se for por imposição estética, vale repensar com carinho. Você não precisa caber em nenhum molde.
Resumindo: cinta pode ajudar no conforto, mas não é obrigatória, nem faz milagre. Seu corpo merece atenção, não punição.
(Esse texto é uma conversa de mãe pra mãe. Pra decisões sobre seu corpo, consulte seu médico ou fisioterapeuta especializada.)
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